ITAIPU: MAIS DO QUE ENERGIA, 51 ANOS DE REVOLUÇÕES E BENEFÍCIOS AO BRASIL E PARAGUAI
Há 51 anos, em 17 de maio de 1974, um acordo diplomático raro entre Brasil e Paraguai deu origem a uma das obras mais impressionantes da história moderna: a hidrelétrica Itaipu Binacional. Desde então, a usina se tornou líder mundial em geração de energia limpa e renovável, operando ininterruptamente e reafirmando seu protagonismo em quatro revoluções decisivas: engenharia, integração, responsabilidade socioambiental e inovação tecnológica.
A revolução da engenharia
Tudo começou nos canteiros de obras, sem a ajuda de tecnologias digitais. Mais de 40 mil trabalhadores participaram da construção da barragem e da instalação de 20 unidades geradoras, entregando uma potência firme de 14 GW. O reconhecimento veio logo: há 30 anos, Itaipu foi eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em março de 2025, recebeu o Milestone Award do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), distinção concedida a projetos que transformaram a história da engenharia.
A revolução da integração
A operação de Itaipu é, desde o início, um exemplo de gestão binacional. Brasil e Paraguai, com culturas e dimensões distintas, compartilham de forma igualitária cada decisão estratégica. Essa sintonia permite que cerca de 7% da energia elétrica consumida no Brasil venha de Itaipu, com tarifa 26% menor desde 2023 — valor garantido até dezembro de 2026. Mais de 20 milhões de pessoas se beneficiam dessa estabilidade, sustentada por um índice de disponibilidade superior a 97%.
A revolução socioambiental
Desde a fase inicial do enchimento do reservatório, com o resgate de animais, passando pela criação dos refúgios biológicos em 1984, até a ampliação da missão em 2005, Itaipu incorpora a responsabilidade socioambiental em sua essência. A água é sua matéria-prima, e zelar pelo reservatório é uma ação estratégica para garantir a continuidade da usina.
Para transformar esse cuidado em política pública, foi criado o programa Itaipu Mais que Energia, alinhado às diretrizes do governo federal. O programa promove centenas de ações socioambientais em 434 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul — região prioritária com 11 milhões de habitantes.
A revolução tecnológica
Para enfrentar os desafios do futuro, Itaipu aposta na inovação. Em 2003, foi criado o Itaipu Parque Tecnológico (Itaipu Parquetec), impulsionando pesquisa, empreendedorismo e soluções tecnológicas. Cerca de US$ 649 milhões estão sendo investidos na atualização tecnológica da usina, assegurando seu papel como “bateria” do sistema elétrico — fundamental para estabilizar o fornecimento diante da expansão de fontes intermitentes como solar e eólica.
A usina também investe em novas fontes e tecnologias, como biogás, hidrogênio de baixo carbono, combustível sustentável de aviação e até uma usina fotovoltaica flutuante no reservatório. Essas iniciativas posicionam Itaipu como agente ativo da transição energética nacional e global.
Governança, transparência e legado
Todo esse trabalho é sustentado pelo Tratado de Itaipu e pela Agenda 2030, com uma governança sólida: diretoria e conselho binacionais, auditorias internas e externas independentes e rígido sistema de compliance. Em 2023, pela primeira vez na história da margem brasileira, foram lançados editais para democratizar o acesso aos recursos da empresa por municípios e entidades.
Muito mais do que energia
Da ousadia diplomática de 1974 ao reconhecimento internacional em 2025, Itaipu comprova ser muito mais do que uma usina. É símbolo de prosperidade, exemplo de cooperação entre nações, referência em uso responsável da tecnologia e harmonia entre produção e preservação ambiental.
Ao completar 51 anos, Itaipu renova seu compromisso inegociável: fornecer energia limpa e acessível, promovendo o cuidado integrado com as pessoas e com o planeta.